Em um mundo adoecido e cheio de problemas, parece cada vez mais difícil encontrar beleza. O ser humano vive tanto para ser prático, útil e resolver problemas que acaba não desfrutando daquilo que alimenta sua alma. E o mais preocupante: também não se torna aquele que nutre seu espírito.
NUTRIR O ESPÍRITO É UM TIPO DE AUTOCUIDADO
Makoto Fujimura, artista contemporâneo precursor do movimento “slow art”, acredita que a missão de usar a criatividade para a glória de Deus começa com a criação de obras construtivas, novas e vivificantes; e isso começa com a generosidade. Mas tal tarefa se torna um desafio quando a vida se passa no automático, visando apenas a sobrevivência.
Para cuidar da cultura é necessário fazer perguntas difíceis, ser um bom mordomo do que Deus deu, abrir espaço para a vulnerabilidade e estar sempre sensível aos acontecimentos do mundo, ao próximo e ao Espírito Santo. É preciso parar para escutar.
COMO PARAR PARA ESCUTAR A SI?
Este caminho para a vulnerabilidade exige que surjam cruzadores de fronteiras – pessoas que vivem à margem de seus grupos, entrando e saindo de seus territórios e trazendo novidades. São eles que abrem espaço para diversidade e para o novo, de acordo com os anseios da humanidade e da geração atual.
O resultado são artistas que conseguem revelar o coração de um movimento, de uma luta ou de um desejo da sociedade.
COMO CUIDAR DA CULTURA
Para que uma mudança cultural comece a acontecer, artistas precisam entender sua responsabilidade como formadores criativos e cruzadores de fronteiras, dialogando com os artistas do passado enquanto trabalham no presente para moldar o futuro. É um trabalho árduo e sem resultados rápidos, mas com certeza é também uma missão repleta de vislumbres da glória de Deus.
O que facilita a jornada dos artistas, é saber que sua identidade está no Deus criador. Ele é O artista, aquele que mais entende de beleza, glória e poesia. Ele fez o ser humano com a capacidade de criar e lutar por suas criações. Ele também deixou no coração do homem uma saudade de casa, uma lacuna no peito, a falta de um pertencimento que só será preenchida no Céu.
“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.” Romanos 8:19
Existe um anseio da natureza e dos filhos de Deus para a manifestação de Sua glória; e vislumbres desta realidade começam a aparecer através de artistas e cruzadores de fronteiras que aceitam como missão o cuidado cultural.
CONHEÇA O LIVRO CUIDADO CULTURAL
Em Cuidado cultural, o artista plástico Makoto Fujimura nos chama para a responsabilidade do cuidado com a cultura. Artistas, músicos e escritores, bem como empreendedores, pastores ou empresários – todos os que têm o dom de criar – são convidados a refletir sobre a forma como administramos a cultura e a se tornar cocriadores, com o Grande Artista, de uma cultura que transborde beleza, criatividade e generosidade. Afinal, a cultura que todos compartilhamos afeta o florescimento humano hoje – e molda as gerações vindouras.
Cuidado cultural também inclui um guia de estudos para reflexão individual ou discussão em grupo.
QUEM É MAKOTO FUJIMURA
Makoto Fujimura é um artista plástico reconhecido internacionalmente, e suas exposições em Nova York e na Ásia receberam destaque em publicações de renome como o New York Times e o The Atlantic. Suas obras fazem parte dos acervos de grandes museus e galerias como o Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, a Biblioteca Huntington e o museu Tikotin, em Israel. Fujimura é também um autor premiado, além de fundador do IAMCultureCare, do Fujimura Institute, e de cofundador do Kintsugi Academy. Ele também foi membro do National Council on the Arts.